Unidade de Transplante de Medula Óssea (TMO)

 

Devido à carência de serviços de referência em transplante de medula óssea em Belo Horizonte e região metropolitana, a Rede Mater Dei de Saúde investiu em uma das mais sofisticadas unidades de TMO do país. Criada para atender de forma integrada e completa à crescente demanda dos pacientes oncológicos.
O Transplante de Medula Óssea – TMO é um tratamento capaz de curar diversas doenças hematológicas, oncológicas e imunológicas. Atualmente, o TMO é classificado em três tipos: 
 
  • Autólogo - quando a fonte de células progenitoras é o próprio paciente;
  • Alogênico o doador é um familiar, um desconhecido (REDOME – Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea) ou a doação acontece através do sangue de cordão umbilical (bancos de sangue de cordão umbilical);
  • Singênico - o procedimento é feito entre irmãos gêmeos univitelinos. 
 
É um procedimento diferente da maioria dos transplantes, pois se trata de uma terapia celular, em que o paciente recebe a medula óssea por meio de uma transfusão sanguínea. É uma modalidade de tratamento no qual a medula óssea doente do paciente é substituída por células-tronco normais, com o objetivo de reconstituir a medula óssea normal.
 
CONHEÇA A INFRAESTRUTURA DA UNIDADE DE TMO DA REDE MATER DEI DE SAÚDE
  • 07 apartamentos com filtragem de ar especial e pressão positiva, sendo dois reversíveis para pressão negativa;
  • Corredor interno com mesma estrutura de filtragem e controle de pressão positiva;
  • Apartamentos com infra-estrutura reversível para Unidade de Terapia Intensiva;
  • Estrutura para termodesinfecção a 80º e flashing químico do sistema hidráulico;
  • Abastecimento de água independente do hospital com controle rigoroso do PH e cloro de 2 ppm;
  • Unidade Mista  - para Atendimento Adulto e Pediátrico;
  • Espaço de Convivência para família e pacientes.
A Unidade de Transplante de Medula Óssea inclui: 
  • Avaliação pré-transplante; 
  • Mobilização; 
  • Coleta e preservação de células progenitoras hematopoéticas; 
  • Administração de quimioterapia em altas doses;
  • Infusão das células progenitoras; 
  • Suporte clínico e intensivo durante o período de aplasia medular;
  • Suporte ambulatorial pós-transplante.
Com capacidade de oferecer todas as modalidades de transplantes, a Unidade de TMO da Rede Mater Dei conta com 7 leitos especiais que foram cuidadosamente projetados dentro dos padrões internacionais de qualidade. 

 

Todos os quartos possuem ar-condicionado especial, filtros de ar, sistema de pressão positiva, reservatórios próprios de água que contam com esterilização periódica das canalizações, além de outros cuidados. 

 

Essa estrutura foi idealizada e construída seguindo o mais alto padrão de qualidade para receber pacientes oncológicos de altíssima complexidade, garantindo que eles sejam atendidos da melhor forma possível e contribuindo com o sucesso do transplante.

 

Qual o processo de preparação para o transplante de medula óssea?

 

O transplante de medula óssea é um procedimento que utiliza quimioterapia com ou sem radioterapia para destruir a medula óssea doente do paciente, seguida da infusão de células progenitoras hematopoiéticas do próprio paciente (transplante autólogo) ou de doador (transplante  alogênico) para reconstituir a hematopoiese, isto é, a formação adequada das células sanguíneas.

No transplante alogênicos são necessários testes de compatibilidade, sendo classificado como aparentado, quando o doador é um parente do paciente e, não aparentado, quando o doador não é parente do paciente. Quando o transplante é realizado com células obtidas do pai ou da mãe do paciente é haploidêntico. No transplante autólogo é necessário que a coleta de células seja realizada antes e que sejam criopreservadas. Quando o transplante é alogênico, as células progenitoras hematopoiéticas não necessitam de  criopreservação.
 
As fontes para a obtenção das progenitoras hematopoiéticas são:
 
  • A medula óssea através de múltiplas aspirações por agulhas na crista ilíaca posterior sob anestesia geral em bloco cirúrgico;
  • O sangue periférico após estímulo com fator de crescimento de colônias granulocíticas é feita por aférese, isto é através de equipamento, sem necessidade de sedação;
  • O sangue de cordão umbilical e placentário.
 
A decisão sobre o método de doação mais adequado será avaliada em cada caso.

 

Quem pode ser doador?

 

  • Pessoas entre 18 e 55 anos de idade e em bom estado de saúde;
  • Menores de 18 anos podem doar, desde que haja consentimento de ambos os pais e autorização judicial;
  • Pessoas que não têm doença infecciosa ou incapacitante;
  • Pessoas não portadoras de câncer ou que não tenham recebido tratamento prévio baseado em quimioterapia.

 

Como proceder para doar?

 

  • É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea no Hemominas;
  • Coleta de sangue e preenchimento de uma ficha com informações pessoais;
  • O sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro (Redome).

 

Quais são os principais sintomas da leucemia?

 

Anemia manifestada por fadiga, cansaço, palpitações, sangramentos nas gengivas, nariz e manchas roxas na pele, febre, infecções, gânglios linfáticos inchados, perda de peso, dores nos ossos e nas articulações.

 

Caso a doença afete o sistema nervoso central pode surgir dor de cabeça, náuseas, vômitos, visão dupla e desorientação. 
O paciente Lucas Lopes Pereira Araújo é um exemplo de superação e esperança. Lucas, que na época tinha cinco anos de idade, passou por  tratamento oncológico  na Rede Mater Dei de Saúde de 2017 a 2019, com a recidiva em 2019 foi indicado o transplante, que realizou também na Rede Mater Dei de Saúde. Pouco mais de um ano após Lucas vencer a Leucemia, seu pai compartilha conosco um depoimento emocionante e cheio de gratidão que inspira e traz esperança a outros pais e crianças que passam pelo tratamento contra o câncer infantil: 

 

“São 6h28 da manhã desta sexta-feira, dia 14/02/2020, estou acordado desde às 4h40 velando o sono de um guerreiro, agora carequinha, com alguns poucos hematomas, tal qual um soldado com suas marcas da guerra...
Ao olhá-lo, com seu semblante sereno, não consigo enxergar os dias anteriores, semanas passadas onde ainda estava no front. Acredito que a blindagem do Senhor alcança não somente a carne, mas o Espírito Santo de Deus ameniza a memória para continuarmos e seguirmos em frente. Nesta batalha já vencida, nosso General Maior, colocou em nossa trajetória pessoas capacitadas, preparadas para o confronto e munidas de experiências anteriores. Difícil de citar nominalmente todos aqueles que se doaram nessa dança frenética de equilíbrio entre o possível, em determinar até onde o prejuízo era melhor que o benefício em suas condutas, por isso gostaria de citar apenas as patentes desses profissionais para que todos que estiveram na linha de frente, sejam devidamente condecorados! Certo sei que minha confiança neles está atrelada ao único ao qual dobro meus joelhos, ao único que me faz tremerem as pernas, pois a capacitação e escolhas das armas e dos combatentes veio Dele, por Ele e para Ele que merece toda honra e glória! De certo, todos; da limpeza pois a imunidade chegou a zero, da enfermagem com cuidados extraordinários, dos supervisores que o próprio “selo” os atribuem qual seja, Supervisão, dos médicos, que resumo com uma única palavra; essenciais! E da diretoria, que em nada se opôs, pelo contrário, sempre disponível quando foi necessário, cuidando de forma humana e criteriosa para alcançar o objetivo mais nobre do ser humano; salvar vidas! A todos o meu mais profundo e inesquecível agradecimento. Saibam que a face de vocês está cravada em meu coração e jamais esquecerei de todos vocês, por estarem sempre ao lado do meu soldadinho e nunca o abandonaram no front da vida e da guerra dele. Aqui a Missão foi dada, a Missão foi cumprida!” relata Anselmo, pai de Lucas. 
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